O sucesso do Spotify está motivando o crescimento da produção de conteúdos de áudio. Prova disso é que, dentro do universo dos criadores de podcasts, é comum escutar uma frase ser repetida, com um certo tom de ironia. “Este é o ano do podcast no Brasil!”, dizem alguns dos produtores e apresentadores.
Trata-se, claro, de brincadeira refinada, já que a popularidade desta mídia cresceu muito nos últimos anos, no mesmo passo em que seu tempo de vida aumenta. Afinal, os programas de áudio estão na internet há pelo menos 15 anos.
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Se sempre esteve por aqui, por que só agora as pessoas falam nisso? Não há uma resposta correta, mas há uma conjuntura que explica o interesse – de produtores, ouvintes e empresas – cada vez maior nos podcasts.
Nos últimos três anos, as plataformas de streaming, como é o caso do Spotify e do Deezer, por exemplo, cresceram muito e ofereceram tecnologia para que os programas em áudio pudessem entrar em seus catálogos.
Essa dinâmica criou uma espécie de ciclo virtuoso, que possibilitou a criação de um mercado em plena ascensão. Ao mesmo tempo que as plataformas de streaming investem em tecnologia e pessoal para facilitar a inserção de programas em seu catálogo, os podcasts aumentam a retenção de usuários nos aplicativos, o que aumenta a receita desses reprodutores de áudio. E assim o processo se repete.
Números comprovam sucesso do Spotify
O sucesso do Spotify não aconteceu por acaso. Desde 2017, a companhia sueca gastou pelo menos € 722 milhões (R$ 4,7 bilhões) para comprar startups que trabalham no universo dos podcasts, como o Anchor e Megaphone, além das produtoras Gimlet Media, The Ringer e Parcast.
O investimento bilionário não só possibilitou a produção de programas originais como também providenciou serviços para pessoas comuns criarem e divulgarem seus programas.
O último relatório financeiro do Spotify, que por ser uma companhia de capital aberto precisa disponibilizar os números do seu negócio, comprova que todo esse investimento teve resultados positivos. O streaming fechou 2020 com 2,2 milhões de podcasts disponíveis em seu catálogo.
De acordo com o documento, pelo menos 86 milhões de usuários mensalmente ativos, cerca de 25% do total da plataforma, entraram em contato com essa mídia no último ano.
Todo esse esforço se reverteu também em dinheiro para o Spotify, que teve receita anual de € 7,8 bilhões (R$ 52 bilhões) no ano passado, um crescimento de 16,4% em comparação com 2019. O avanço também foi percebido no número de usuários premium, que chegou a 155 milhões em 2020, ou seja, 24% a mais em comparação com o ano anterior.
Podcast: a mina de ouro do Spotify
A própria empresa coloca os podcasts como um fator de sucesso para sua plataforma. “Estamos investindo em podcasts e outras formas de conteúdo em áudio para complementar nosso catálogo de músicas”, diz o relatório financeiro de 2020 do Spotify.
“Acreditamos que oferecer uma seleção mais diversa de conteúdo trará experiências enriquecedoras para os usuários, aumentando seu engajamento (…) é uma forma de diferenciar nosso serviço.”
Com um olhar mais voltado para o Brasil, o sucesso do Spotify no mundo dos podcasts também se reflete no maior interesse nesta nova mídia. A plataforma, por exemplo, licenciou programas originais, como é o caso do “Café da Manhã”, em parceira com o jornal Folha de S. Paulo, ou do “Boletos Pagos”, com a influenciadora Nath Finanças.
Além disso, vale lembrar que essa plataforma de streaming, segundo a Associação Brasileira de Podcasters (Abpod), é o local onde os brasileiros mais consomem podcasts. Mais de 40% dos 16 mil respondentes da Podpesquisa de 2019 disseram que escutam seus programas favoritos por lá.
Agora me diga: você também faz parte desta legião fã do Spotify? E, como jornalista, já está pronto para trabalhar com podcasts?
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